Em 4 de abril de 2025, o município do Dande, na província do Bengo (Angola), foi palco de um incidente trágico: uma criança de 8 anos morreu, e a sua irmã de 4 anos ficou internada, após ambas consumirem mandioca crua. O padrasto foi detido pelo indício de homicídio qualificado, pois ofereceu às menores o alimento envenenado sem qualquer preparação prévia. Fonte: Jornal OPaís.
Este episódio ilustra, de forma dramática, as consequências da ausência de sistemas de segurança alimentar, mesmo em alimentos populares. Há regras claras para evitar a toxicidade da mandioca, mas são pouco conhecidas ou negligenciadas.
Relatórios locais indicam que o padrasto das crianças era o responsável pela refeição das menores e ofereceu-lhes mandioca crua dentro da casa. Rapidamente, ambas apresentaram sintomas graves que levaram à morte da criança de 8 anos e ao internamento urgente da irmã .
A Polícia Nacional, através do DIIP (Departamento de Investigação de Ilícitos Penais), deteve o responsável, suspeito de nexo causal entre a ingestão da mandioca crua e o desfecho fatal. Fonte: OPaís.
A mandioca contém linamarina, um glucosídeo que se converte em ácido cianídrico (HCN) substância altamente tóxica. Para que seja segura, a mandioca deve ser processada adequadamente: lavada, fervida por pelo menos 50 minutos, deixada secar e reutilizando corretamente a água . rna.
Neste caso, não houve qualquer *preparação, tornando-a mortal.
Este incidente em Bengo não é um caso isolado. Outros alertas ocorreram em 2024:
Em Benguela (2021), três irmãos morreram após comerem mandioca venenosa “brava”, com sete deles hospitalizados . Fonte: OPaís.
Em Luanda (Bengo), o MINSA alertou para intoxicações relacionadas com consumo de mandioca crua e demais produtos contaminados, que estão a provocar mortes e sintomas de Konzo, doença caracterizada por fraqueza muscular- Fonte: jornalhorah.info.
Esses casos denunciam um padrão: o consumo de mandioca in natura continua causando ingestão de cianeto, mesmo em zonas urbanas. Fonte: angola24horas.com.
Falta de sensibilização pública
Regras simples — cozedura, lavagem, descarte de água — são pouco divulgadas. Muitas famílias desconhecem essas normas.
Ausência de certificação e rastreabilidade
Não existem sistemas locais que garantam a segurança alimentar da mandioca.
Falta de formação técnica
Profissionais da saúde e produtores carecem de treino para identificar e prevenir riscos como a intoxicação por cianeto.
Ausência de vigilância e auditorias
Não há monitorização oficial em hortas, feiras ou centros comunitários para garantir boas práticas.
Deficiência das respostas em saúde pública
Sem diagnóstico precoce nem sistemas de intervenção rápida, intoxicações graves progridem até à morte.
A norma ISO 22000 estabelece um sistema integrado de segurança alimentar. Aqui está o que ela oferece:
Avaliação de riscos e mapeamento de perigos (incluindo análise da mandioca brava)
Protocolos de controlo e monitorização para todas as etapas
Formação dos manipuladores, produtores e comunidade
Documentação, rastreabilidade e auditorias
Planos de resposta para incidentes alimentares graves
Este sistema não é exclusivo a grandes empresas — pode ser adaptado a contextos rurais, feiras, cooperativas e instituições públicas.
Na QAS Consultoria, trabalhamos para transformar tragédias evitáveis em oportunidades de prevenção e conhecimento. Por isso, promovemos:
Data: 21 de Julho de 2025
Horários:
• Angolanos – 17h00
• Moçambicanos – 18h00
• Brasileiros – 13h00 (Brasília)
Formato: Online, gratuita, com certificado oficial
Conteúdo: Como aplicar ISO 22000 em contextos locais, exemplos práticos e prevenção de intoxicações alimentares
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A morte de uma criança por consumir mandioca crua no Bengo, assim como os alertas do MINSA sobre intoxicações em Benguela e Luanda, são sinais alarmantes da necessidade urgente de implantação de sistemas de segurança alimentar robustos.
A ISO 22000 é uma ferramenta comprovada, adaptável e acessível — até a pequenos produtores e comunidades.
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